domingo, 27 de novembro de 2011

Por dentro de Corpo Vazio

Nesta terça-feira, 22 de novembro, estreiou o curta metragem Corpo Vazio, produzido pela agência Coronel Claquete Produções. Na tela, ganha vida a história de Carlos Sabrosa(Eduardo Amaral), que no papel de um homem comum,  que encontra-se solitário, buscando os prazeres da vida em locais onde somente encontra a marginalidade e a violência.
Produzido pela Coronel Claquete produções, a vida noturna ganha um novo olhar, e o submundo que a sociedade prefere ignorar torna-se o cenário dos acontecimentos, revelando como o ser humano tem a capacidade de degradar a si próprio. As ruas do Largo da ordem, a Praça Eufrásio Correia e os arredores do Terminal do Guadalupe acolheram nossa equipe, porém nem sempre de braços abertos.
Desta produção, nós da Coronel Claquete levamos muita experiência e carinho pelo filho do trabalho que agora ganha as telas. A experiência, esta sim valeu a pena. Aprender sobre os hábitos noturnos da cidade, descobrir que em locais da cidade, conhecidos por pontos de garotas de programa, assim como muito bem representou nossa Dama da Noite (Thyane Antunes), não gostam de ser encomodadas, ainda mais durante a madrugada. Nossa sorte, foi que os policiais que estas convocaram para conversarem com nós possuem o cinema no fundo de seus corações e permitiram que as gravações prosseguissem madrugada a adentro.
Eduardo Amaral trouxe do teatro sua experiencia
             do teatro para fazer uma atuação impecável
As madrugadas de sábado a noite, tornaram-se aconchegantes à equipe, que desatava a sair pelas ruas da cidade buscando as melhores imagens para poder entregar um resultado satisfatório ao maior interessado, que é você leitor.

Para trazer qualidade e aproximar da realidade, buscamos adequar os locais e as preparações para que tudo saísse como o planejado. Mas nem sempre o que se planeja se faz, então aproveitando que nossos atores são originalmente da arte do teatro, o improviso apimentou o curta.
Para a cena que marca o ponto alto do curta, o atropelamento de Carlos Sabrosa, além da extraordinária participação de nosso segurança, Neri, que apesar de nunca ter atuado, se mostrou um ótimo ator e amigo, era necessário, sangue,  e como o real não poderia ser usado, o artificial quebraria o galho. Quebraria se fosse comprado a tempo. Sem tempo nem locais abertos em um sábado a noite, o jeito foi improvisar com o que tínhamos mesmo. A receitinha caseira de sangue, sugeria xarope de glicose , corante e chocolate, o que após cerca de 10 tentativas percebermos que nosso corante não estava à altura de fazer tomate ficar vermelho. O que fazer em um sábado à meia noite, supermercados e lojas fechadas, nosso protagonista, que além de atuar de maneira espetacular, nos deu uma super “mão na câmera”, trazer uma bebida um pouco exótica nos tempos de coca-cola, o velho xarope de framboesa de fazer suco. Com mais um pouco de xarope de glicose e chocolate em pó, voilá, estava criado o sangue do corpo vazio.
Neri, que apesar de ter atuado pela primeira vez
 mostrou-se um ótimo ator
Madrugadas foram gastas com as gravações e outros dias com edição, porém apresentamos com orgulho o resultado de nosso trabalho, que pode ser visto logo abaixo, não deixem de dar sua opinião.

Texto: Gilmar Roscziniak

Obs: Postagem do dia 24 revisada a fim de corrigir o vídeo anterior, o qual apresentava atrasa na sincronização de áudio, favor desconsiderar os links antigos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Coronel Claquete lança a missão "Corpo Vazio"

----------------------------------------------------------------------------aos leitores da Coronel Claquete

Sim! Já era tempo de mandarmos notícias! Estávamos sobrevivendo a tempestades no meio do volume de água que cai aos redores do Quartel General da Coronel. Perdemos três preciosas soldadas numa perigosa armadilha maestrada por Gus Van Sant e os últimos dias de Kurt Cobain, numa bela simulação executada pelo artista Marc Olaf. Nessa nova estratégia pretendemos evidenciar o sujeito Carlos Sabrosa em torno de seu "Corpo Vazio", que tenta encontrar o prazer num ciclo decadente que se tornou sua passagem pelo mundo. Trevas, goles, boa música e jornais correm vivos pelo sangue de Sabrosa e agora que conseguimos comunicação com o meio artístico, vamos falar do que interessa.

Eduardo é um bom sujeito:

Vai protagonizar as caminhadas pelas ruas e pelo tempo de Carlos Sabrosa.

Thyane vai interpretar a Prostituta, que deve dar uma lição nesse sujeito que merece até uma porrada (desculpa Carlos/Eduardo!)

Nessas alturas e velocidades da tripulação, desejamos um bom fim de semana de trabalho a todas as equipes Cineacadêmicas que tentam garantir o equilíbrio em meio a tantas ondas!


Hasta luego e reflita!

- um bom roteiro precisa de bons atores que sejam bem dirigidos a uma camera bem posicionada e diretamente conectada com a intenção da luz presente, num quadro em movimento que tem suas pinceladas executadas no cena a cena (e a figura do produtor deve ter seus créditos reconhecidos por todas as operadoras de telefonia brasileira e ainda um sanduba especial ao fim do trabalho)


----------------------------------------------------------------------------- Produtor Claquete, 23/09/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Diário de Bordo: Edição

     Depois de concluída a pré-produção e a produção, chegou a hora da pós-produção, isto é, edição e finalização!

     Esta parte é trabalhosa por causa de detalhes, áudio no volume ideal, cor, trilha, criação, créditos, legenda tudo deve aparecer a seu tempo e combinar com o restante, uma coisa deixada de lado e todo o trabalho da pré e da produção pode ser perdido.

     Editar o remake não foi difícil, não havia nenhum grande desafio, já que a cena era uma sequência sem cortes, mas o áudio era ruim e deu um pouco de trabalho. Para que não ficasse mal finalizado, uma trilha foi essencial, assim como o uso do áudio do próprio filme e, por isso, as legendas também eram necessárias. 

     Os créditos entraram na parte da criação (sabe quando você não tem mais nada para fazer e começa a inventar, pois é!). Essa seja, talvez, a mais divertida, porém, a mais trabalhosa. Exige tempo e criatividade. Entretanto, dá um toque todo especial em qualquer trabalho.
     
    E, claro, trabalho finalizado é hora de revisar quantas vezes forem necessárias. E, depois das 5 mil revisadas, nosso remake está aí:

(pegue a pipoca e divirta-se =D)


sábado, 18 de junho de 2011

Diário de Bordo: Como é produzir - CLAQUETTE'S ATTACK

_foram os últimos minutos a dormir ansiosamente até acordar na hora e reunir tudo em tão pouco e improvisado tempo. Uma não dormia direito porque decupava cada fala dos minutos lentos do remake! do filme "Last Days", do Gus van Sant. Outra ansiosa devido ao remanejamento de última hora de um dos carros da casa! Todos sofrem sem carona, "os ombros que suportam o mundo" carregam também o engarrafamento das ruas e tudo atrasa. Tudo desespera. Corre, a perninha do óculos comprado há pouco com desconto de um real do amigo camelô, começa a apresentar sinais de defeito na fabricação ou colocação do parafuso. Pânico e isqueiro, como seria bom se toda a equipe estivesse junta. O que conforta é que haverão outros trabalhos e outras trincheiras vindas diretamente do inferno, então, foda-se! É hora de gravar.




_o ator gentilmente colocado pelo Universo na hora, bar e esquina errada, Marc Olaf, além de provocar um acidente envolvendo três carros - sendo o primeiro o causador e único fugitivo de um evento que deixou dois pára choques feridos -, contribuiu para o trabalho da Coronel. Num amadorismo lindo tentamos diversas vezes executar o que parecia impossível aos navegantes. No espaço do Conservatório Musical a coisa tomou forma lá pelo oitavo "gravando" - e essa semana é que vamos ver o resultado! Desde já um muito obrigado ao Marc e prometemos aquela cervejjinha depois do trabalho cumprido, ok? :)


_enquanto isso a Coronel Claquete vai sortear o lindo óculos usado na caracterización do personagem!!! Ainda não temos o critério de avaliação, mas a verdade é que você deve comentar nesse post ou retwittar alguma frase tipo "quero ser metralhado na rua com o óculos da @CoronelClaquete!"





_lindo né? E o detalhe ali na perninha direita, Nossa Senhora da Fita Crepe abençoa.

_bom início, fim ou meio de semana aos militantes!


Karuza Sautchuk

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Remake do Filme Last Days – Gus Van Sant



Olá amigos !!!

O diário de bordo da produção do remake de Last Days... Por onde começar. Bem a escolha foi complicada, pois a intenção era que cena tivesse apelo na interpretação e na composição do cenário. Como estilo do diretor não apresenta cenas longas com estas características citadas a escolha foi difícil.

A primeira cena foi uma a qual o personagem tocava bateria e câmera ia se afastando devagar. Contudo a cena era filmada do lado de fora da casa, sendo que o cenário era uma casa com revestimento de pedras. Achar um local com estas características, alguém que decore a notação musical e que seja loiro. Descartada.

A próxima cena escolhida foi uma a qual o personagem estava vestido de camisola, havia diálogos, a composição do cenário era boa (fácil). O personagem escovava os cabelos em frente há um espelho, com uma blusa sobre a penteadeira, um metrônomo, outros adereços de beleza. Refletidos no espelho um violão, poltrona e abajour. O personagem escovava os cabelos, toca o telefone, levanta – se atende, há uma pessoa falando o tempo todo com ele sem o personagem dizer uma única palavra de frente para a câmera. Sim é está!!! Não, amigos não foi ela a escolhida, mas quase.

A terceira cena sem muito alarde chegou de mansinho e foi à escolhida. O personagem está de costas. Ela é gravada sem cortes como um plano sequência, poderia até dizer. A câmera faz um movimento no personagem parado de 360° com o fundo do cenário desfocado. Apenas visualizam – se uma pá e pessoas ao fundo gritando. O personagem está numa fase terminal já desgastado e confuso. Toda a cena reforça isso, pelo local que é simples e pelo próprio dinamismo da filmagem.


A Escrita

A cena já existe então a parte da escrita foi simples. O que era necessário fazer definir os planos de câmera, composição do cenário, composição do personagem (roupa, falas, trejeitos), sonoplastia, controle do tempo, enfim, uma decupagem. Colocamos tudo o que seria necessário no papel, tempo a tempo e desenhamos algumas partes das cenas que seriam importantes na gravação. Agora é gravar né gente.

Mario Costa
Roteirista Coronel Claqueteiros

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cronograma dos Claqueteiros

Oi Gente!


Para quem está ansioso para ver a nova produção da Coronel Claquete, temos uma boa notícia: o roteiro e a pré-produção do nosso próximo trabalho já está pronto e, para mostrar que não estamos mentindo, aí está ele:


06 de Junho - finalizamos o roteiro e dentro do prazo (logo o Mário, nosso roteirista, contará como foi a experiência)


08 de Junho - a Karuza fechou a lista do que tínhamos e o que precisávamos para o remake da cena do filme Last Days que escolhemos (e que não contaremos qual foi por enquanto!!!), também dentro do prazo, mas nossa produtora vai no embalo do Mário e também vai contar como foi!


16 de Junho - é a nossa previsão para a gravação da cena! Estamos confiantes para que dê tudo certo! Depois da produção, a Luiza (diretora), a Karuza (produtora) e a Idionara (diretora de arte) vão contar como cada uma fez seu papel!


20 de Junho - Com a cena gravada em mãos, só resta editar!!!




Aguardem, pois a produção com certeza vai ser postada aqui!


Abraços,
Claqueteiros!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

- EXPERIMENTE JUNHO

_ que Curitiba não é Londres a gente já sabe, a ideia do clima ser parecido até engana mas o que os gringos não sabem é que nós latinos-vampiros gostam de um inverno bem acompanhados. Lembro de chegar NA CAPITAL e logo na primeira semana alguém contando história de terror na fila de mercado "Curitiba é uma cidade pra casais". Eu, claro, quase morri. Fui salvo por uma das extensões de qualquer aquilo que entendemos por DEUS EM CAIXA ALTA - no caso, A Sétima Prateleira ou ainda da wikipedia, desculpem, do grego: κίνημα - kinema "movimento".

_ a Coronel Claquete dispõe uma série de links para motivar você a sair da cadeira e ser um dos diversos diretores-a-produzir um longa cheio de curtas intitulado "Curitiba, Eu Te Amo!", sendo obviamente e sem céu cinza de dúvidas uma ideia genuinamente original.


_ então, tem Junho pra tudo!

. "Paris, eu te amo!" - de 2006, vale a pena ver de novo! a música é cantada pela canadense Feist, também que fez aquela música 1 2 3 4 e a Mushaboom, mas a verdade é que o filme é uma série de suspiros e risos e até chorumelas, com elenco que vai da Juliette Binoche até a Natalie Portman. O hobbit Elijah Wood, o Gerárd Depardieu (adoramos o nome dele!) e a Maggie Gylenhaal, que está na imagem aqui do trailer!


. a Coronel Claquete é super homofóbica mas também adora o Gus Van Sant então vamos colocar só de raiva a participação dele no filme!


hm, bafón.
 
. "O Casamento de Muriel" -  1994, Austrália. Direção de PJ Hogan com Toni Colette como Muriel!
a adolescente viciada em ABBA que quer pertencer a um grupo ou a um tempo que já se foi, no caso os metralhados anos 80!! 


. "Dieta Mediterrânea" - de 2006. Espanhol. Apetitoso. Comida, amor e cama. Praia e Risada. Sucesso e Tendência. Tudo junto misturado. Pesquisa e laboratório - Experimenta esse filme, HAHA!

 

 . "Annie Hall" - do Woody Allen!!! Esse cara é demais, desde sempre! Diálogos mil, a Diane Keaton, cara!!! A Diane Keaton usando a ideia da troca de roupas com as pessoas, nesse caso com o guarda roupa masculino que vem de seu avô, tendência dessa época rica que foram os anos 70 na Moda, uma repercussão da liberdade do hippie que Causou - e que ainda planta raízes através dos anos. Aqui no Brasil, as TRADUÇÕES TENEBROSAS transformaram a "Annie Hall" em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa". Uma atrocidade. E também uma boa discussão! WE LOVE ALLEN! WE LOVE KEATON! #GROUPIEDO_70's


(monólogo inicial do filme - porque tem vários monólogos, diólogos...)



- a gravata da Diane Keaton! Liberdade na Indumentária!!!


. "Casablanca" - um filme de 1942, que além de Ingrid Bergman como referência do comportamento da época é também uma viagem a Marrocos e é até pra você que quer debulhar uma caixa de lenços num final de semana regado de água com açúcar de tão desidratada que você está de chorar, criatura dramática! A CORONEL CROQUETE INDICA ESSE CRÁSSICO PRETO E BRANCO!


 . Aproveita e toma essa dose de Titanic na tua vida, pra lembrar de quando você foi até a locadora bairro e LOCOU aquelas duas fitas VHS! Ou você acha que o Avatar do James Cameron juntou dinheiro DAONDE senão da Kate e do Leo??? Hein?

Do nome falso, do colar que você sabia que estava contigo desde o começo do filme, ROSE DAWSON, precurssora do Golpe do Baú!

Lucro no amor a todos, AMÉM!  

sábado, 21 de maio de 2011

GUS VAN SANT

Um pouco do diretor escolhido pelos claqueteiros:
Gus Green Van Sant Jr ou, simplesmente, Gus Van Sant nasceu em Luisville, Kentucky. Desde criança, Van Sant já mostrava sua adoração pela arte. Já aos 18 anos de idade, ele se inscreveu para estudar na “Rhode Island School of Design”, onde se apaixonou pelo cinema. Nesta escola, teve aulas com mestres no assunto, como Stan Brakhage, Jonas Mekas e Andy Warkol. Como diretor da sétima arte, representa a diferença dentro do cinema norte-americano. O estilo de seus filmes variam entre poéticos e agressivos, misturando beleza e minimalismo técnico.
O primeiro filme de destaque no meio cinematográfico do diretor foi “Drugstore Cowboys”, em 1989, seguido de “My Own Private Idaho, dois anos mais tarde. Os dois considerados “cult” pelo público acostumado à indústria do cinema. Em 1997, Gus Van Sant é indicado ao Oscar de melhor diretor, com o trabalho feito em “Gênio Indomável”. Porém, a refilmagem de Psicose lhe rendeu o prêmio de pior diretor do ano, o prêmio Framboesa de Ouro.
Em 2005, Gus escreve e dirige o último filme de uma trilogia sobre a morte e o chama de “Last Days” (vídeo acima). Neste, diferente dos outros dois, a morte não é apresentada, mas insinuada e perde o enfoque para a deterioração do personagem principal, Blake. O filme foi uma homenagem à Kurt Cobain, líder do grupo Nirvana, que se suicidou em 1994.
Os temas mais buscados por Van Sant são, claramente, morte, alienação e angústia. Tudo muito diferente e abstrato para o cinema, mas é exatamente o que o faz um diretor-autor de tanto renome e tão exclusivo na arte.

sábado, 7 de maio de 2011

Café Hitchcock


Para a nossa primeira produção cinematográfica, devíamos fazer uma cena com café da manhã.
Bem, fizemos mais de uma cena, fizemos uma sequência!
Para quem não sabe o que é isso, nós explicamos. Uma sequência é um conjunto de cenas de um filme, este é feito com várias sequências.

O nome "Café Hitchcok" foi escolhido pela nossa sequência ser baseada no filme Psicose (Psycho - 1960), dirigido por Alfred Hitchcock. A cena mais famosa do longa, e, provavelmente, uma das mais famosas da história, foi a fonte de nossa inspiração. Nela, a secretária Marion Crane é atacada durante o banho.

Clique aqui e assista a cena do chuveiro original.
Clique aqui e assista esta cena no YouTube.

Coronel Claqute

sábado, 30 de abril de 2011

Quadrinhos, Teatro e Baiacus

“Eu não me considero um roteirista. Eu me considero um diretor que escreve os seus próprios roteiros”. Assim que Paulo Biscaia Filho define seus roteiros de teatro, cinema e quadrinhos. Paulo é diretor e roteirista que escreve sobre a ótica da verdade, segundo ele mesmo diz “... é a forma como eu vejo o mundo, mesmo que você não queira. Eu procuro não mentir, se é abstrato, desconstruído é assim que vejo”.

A história de Biscaia é curiosa. Professor de Cinema e Teatro da Faculdade de Artes do Paraná acabou desviando o caminho para o teatro, pois sempre desejou fazer mesmo cinema. Em 1999, comprou uma câmera digital e um computador que pudesse editar e, começou a fazer experimentações caseiras. Entretanto não foram as primeiras incursões dele na grande tela, “já fiz alguns vídeos publicitários, alguns foram premiados, curtas e outras produções e acabei encontrando um lugar bem bacana entre o teatro e o cinema”.

Ele ficou quatro anos sem produzir nada para o teatro. Quando apareceu um edital para produção de um longa metragem, o seu primeiro longa de 2008, intitulado Morgue Story - Sangue, Baiacu e Quadrinhos segue a estética da Vigor Mortis. Sangue, suspense e diversão.   O longa envolve três personagens: Ana Argento, uma bem sucedida desenhista de história em quadrinhos; Tom, um vendedor de seguros cataléptico  e Doutor Daniel Torres, um médico legista. Em Morgue Story as histórias dos personagens se cruzam de maneira insólita na trama.

 Para citar a forma com a qual concebe seus roteiros Biscaia recorre à impressão que obteve Kevin Smith. Ao ver pela primeira vez Cães de Aluguel, do diretor Quentim Tarantino, Kevin em tom de abismo exclamou “ah! Isso pode, eu posso falar disso, tá liberado então”. A partir dessa visão Biscaia encara a liberdade de criação como uma ampla proposta para a escrita e interpretação, “isso é o que me interessa”.

As Morgues Storys de Biscaia receberão uma versão para quadrinhos com novas histórias para os seus personagens. A revista conta histórias que antecedem a peça de teatro. O convite surgiu de José Aguiar e DW que já fizeram alguns trabalhos com Paulo, “achei o convite muito lisonjeiro... Foi uma espécie de retorno, eles estavam entrando na minha área e eu na deles”. Ele achou o desafio divertido de transpor a linguagem de teatro para o roteiro de uma história em quadrinhos. “Quando você discute com o ator sobre o que o personagem tem além do que está escrito, o que está fora do roteiro, este além que nós procuramos explorar nos quadrinhos”.

A convergência das artes esta presente na obra de Paulo Biscaia Filho. Ele não para tem vários projetos em andamento, além da incursão audiovisual Nevermore: Três pesadelos e um delírio, baseado na obra de Edgar Allan Poe. O lançamento da peça As Algemas de Houdini, outra peça sobre a história do contista pornográfico Carlos Zefiro e para fechar a conta, a filmagem de mais um longa de nome Nervo Craniano Zero. Mostrando a elasticidade e convergência de Biscaia.

Mario Luiz
Roteirista - Coronel Claquete

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Roteirista e o Roteiro Vol. I

Quem deseja ser roteirista precisa de duas coisas, a primeira um bom enredo e a segunda por no papel este enredo. Claro que vamos pular está parte correlata ou inerente à função que é ler bastante, ter senso de observação, conhecimento técnico sobre o assunto e, por final muito esmero... e que não se cria uma obra da noite pro dia. Pelo menos por hora.

Apesar de termos exemplos geniais como Glauber Rocha (Diretor e Roteirista), que tinha domínio sobre roteiro desde a sua criação a sua finalização, para o roteirista nato é diferente. Deve - se desapegar da sua obra no momento que entrega ao diretor, claro que pode ajudar na concepção, mas as idéias de câmera e de interpretação da cena são do diretor.

As preocupações do roteirista começam na criação da história. Por exemplo: “o personagem entra na sala pela lateral, com ar de cansaço, andando descompassado, com a mão esquerda alcança a xícara, na mesa de café, bebe um gole, fixa os olhos na janela”. Numa ação simples como tomar café quantas minúcias não compõem o roteiro. Ainda pode acrescentar as jogadas de câmeras, descrição do local ou ainda um StoryBoard, representação gráfica da cena.

O roteiro conta algo, a alguém, em algum lugar, sobre algum fato histórico ou fictício. Que envolve trabalho de pesquisa, como serão os personagens, roupas, costumes, ou seja, ambientação. Não adianta contar uma história sem descrever o que está a sua volta, faz parte da magia.

Então pegue sua idéia arranje um lugar, um personagem, uma donzela em perigo, um vilão e um conflito de valores bata no liquidificador com uma colher de borboletas, com pitadas de sal, açúcar e pimenta... quem sabe um manjericão, para  dar um sabor, mas antes, pesquise muito sobre o que irá escrever e assista muitos filmes para ter conhecimento e estrutura de criação, pois o roteiro não é receita de bolo mas é tão saboroso quanto.


Mário Luiz
Roteirista - Coronel Claquete

sábado, 2 de abril de 2011

Documentários brasileiros no Hot Docs!

Olá Claqueteiros!


Vocês já ouviram falar no Festival Hot Docs? Ainda não?!


          Bem, o Hot Docs é o maior festival de documentários da América do Norte, ele acontece anualmente em Toronto, no Canadá. Sua primeira edição aconteceu em 1993 e foi produzido pela Canadian Independent Film Caucus. Neste ano, o evento vai começar no dia 28 de abril e, entre outros 43 países, o Brasil também terá trabalhos para apresentar, o anúncio foi feito no último dia 28. "O Samba Que Mora em Mim", de Geórgia Guerra-Peise e "Vale dos Esquecidos", de Maria Raduan foram selecionados para o evento. Além das produções brasileiras, "El Mosca" (Bulmaro Osornio) do México, "Pequeñas Voces" (Jairo Eduardo Carrillo e Oscar Andrade) da Colômbia e "Empleadas y Patrones" (Abneer Benaim) do Panamá participarão do evento que abriu espaço para os latino-americanos.


Vamos conhecer um pouco sobre os documentários brasileiros selecionados para o Festival Hot Docs?


"O Samba Que Mora Em Mim" - Georgia Guerra-Peixe

Mesmo que o nome tenha tudo a ver com o samba, o filme trata sobre quem mora na favela da Mangueira. Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Georgia conta que o documentário tinha outro começo, mas foi mudado quando o roteiro já estava todo pronto. O novo início é uma espécie de homenagem ao seu pai e às suas memórias. Sobre a produção, a diretora comenta que a câmera precisava ser discreta para não perturbar o dia a dia da comunidade, as luzes eram suaves, dando o tom de um documentário-poema, como era sua intenção. (Assista o trailler oficial de "Um Samba Que Mora em Mim")


"Vale dos Esquecidos" - Maria Raduan


O documentário relata o conflito por terras em uma região remota do Mato Grosso. Uso de violência e fogo, índios expulsos do seu lugar, posseiros em busca de um pedaço de terra, grileiros invadindo terras ilegalmente, sem-terra esperando as decisões do governo e fazendeiros brigando para manter suas propriedades, tudo retratado no longa-metragem, além de mostrar a vida na Amazônia e a lota do Brasil contra si mesmo. (Assista o trailler oficial de "Um Samba Que Mora em Mim")




Fontes: 


http://osambaquemoraemmim.com.br/blog_pt/?p=227 (Entrevista com Georgia Guerra-Peixe na Íntegra)

terça-feira, 29 de março de 2011

Woody Allen

Oiii Claqueteiros
Hoje vamos falar um pouco sobre o diretor de cinema, ator e escritor, Allan Stewart Konigsberg, que na década de 50 mudou seu nome para Woody Allen, quando decidiu se tornar escritor de comédias e enviou tiras de piadas para alguns jornais novaiorquinos, mas como não queria que seus colegas de turma descobrissem mudou seu nome.

Woody Allen começou sua carreira muito precosse por volta dos 17 anos, escrevendo piadas para colunas de jornais, e logo passou escrever para alguns programas de televisão. Sua carreira como escritor se expandiu logo, e em menos de 7 anos ele já era super requisitado para escrever diversos programas de tv. Mas Woody ja estava pretendendo outro sucesso, e na década de 60 ele larga a tv e passa a atuar como comediante stand up, no início ele não fez muito sucesso, as pessoas não achavam muita graça nas suas piadas e ele ficou meses sem ganhar um real nas suas apresentações, mas como sempre ele deu a sua reviravolta e doze anos depois estava no Caesars Palace de Las Vegas com um cachê de 85 mil dólares por duas semanas.

Mas como uma de suas caracteristicas marcantes é mudar o rumo da sua carreira quando está se alcançando o sucesso, mais uma vez Woddy Allen larga o Stand up e dedicasse somente ao cinema.
E dá primeiro passo no cinema como roteirista no filme " O que é que há, gatinha?" estrelado por Warren Beatty, onde Woody também além de ser o roteirista também era o ator.
                                                              

E mesmo com grandes sucessos como “A Rosa Púrpura do Cairo”, “Manhattan”, “Crimes e Pecados”, “Noivo neurótico, noiva nervosa” e “Hannah e suas irmãs”, Allen sempre esteve insatisfeito com seus filmes ele diz que gostaria de atingir o nível de grandes mestres como Jean Renoir, Ingmar Bergman ou Akira Kurosawa. E sem pestanejar dispara “Acho que fiz alguns filmes decentes e muitos outros divertidos, mas nunca fiz um grande filme. Um grande filme para mim é A Grande Ilusão, Cidadão Kane, Ladrão de Bicicletas ou Quando as mulheres pecam.
Bom a quem corcorde com ele, e diga que seus filmes são uma droga, mas a quem também idolatre ele como um dos melhores diretores norte-americanos que o mundo do cinema já teve. E com isso grande parte do público e da crítica espera que Woody Allen volte a temas que fizeram sucesso nas suas primeiras comédias. E isso é uma coisa que também o irrita muito, ser um artista acomodado e preso a fórmulas que fizeram sucesso, “A visão do público nunca é tão profunda quanto a visão do artista. O público está sempre querendo decidir pelo mais fácil.

E para contrariar a todos novamente Woddy Allen lança agora em 2011 o filme "Midnight in Paris" sem tradução ainda para o Português. Conhecido por só gravar filmes em Nova York, Woddy resolveu dessa vez gravar em Paris e mostrar os encantos dessa Maravilhosa cidade como diz ele.
O filme será lançado no Festival Internacional de Cinema, em Cannes, na França, no próximo dia 11 de maio. Então enquanto o filme não chega nas telas, vamos assistir ao trailer e ficar imaginando com o que Woddy irá nos surprender dessa vez ;)


Ps: Não vejo a hora de assitir Midnight in Paris.

Links: http://christianjafas.wordpress.com/2009/07/18/woody-allen-pr-eric-lax/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Faroeste Caboclo


Boa tarde Claqueteiros e Claqueteiras!
Eu não sei com vocês, mas quando eu escuto uma música – isso acontece quando eu leio um livro também! – Eu crio toda uma imagem na minha cabeça, que muito curiosamente, se repete toda vez que eu escuto aquela música (ou livro hehe). É uma espécie de clip particular. Acredito que a singularidade da vida de cada um dá margem a essa imaginação ÚNICA. Emoções, pessoas, cultura, objetos, coisas que vocês gostam - ou odeiam – tudo, vai criando uma coisa muito louca que é a nossa imaginação.

Aí entra o “xis” da questão. Você assiste o clip da música, o filme do livro, O FILME DA MÚSICA, e BOOOM!! Pra onde vai sua imaginação? Você cria sequências aleatórias sim, mas com imagens que você viu e aquilo parece que ficou impregnado no nosso cérebro! Sua experiência para com aquele material nunca mais será o mesmo. Você pode tentar, mas não conseguirá mais criar com total desvinculo do filme visto.

Confesso que esse foi meu medo quando vi a notícia: “Faroeste Caboclo, de Renato Russo, vai virar filme em 2010”. Essa - pra mim – é uma das músicas mais loucas, mais bem produzidas, mais tudo. Eu idolatro essa música. Até pensei, “como não virou filme antes?”.

E eu tenho toda uma sequência de imagens na minha cabeça. Um “filminho” mesmo! E agora?
Com certeza assistirei ao filme, estou acompanhando as filmagens, o site do filme que é bem interativo [
http://www.faroestecaboclo.com.br/], enfim.

"O Roteiro é a forma escrita de qualquer audiovisual. É uma forma literária efêmera, pois só existe durante o tempo que leva para ser convertido em um produto audiovisual. No entanto, sem material escrito não se pode dizer nada, por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não existe um bom filme".

Levando em conta que na minha opinião o roteiro é ó
timo, então não posso esperar menos do que um excelente filme!! Mas enquanto não sai o filme, vamos ficar com uma animação que encontrei no Youtube, muito bem feita! Segue aí..

Faroeste Caboclo Animado




Links Úteis!
  • Letra e vídeo de Faroeste Caboclo
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22492/

segunda-feira, 21 de março de 2011

a invenção da pintura em movimento

Olá claqueteiros! Nossa primeira, oficial, obrigatória e já atrasada postagem é sobre os primeiros cinemas. Obviamente quem desenvolveu a sétima arte não era uma equipe como a nossa, mas certamente dedicamos nosso respeito e admiração ao homenageado do post: Thomas Edison. O inventor da lâmpada elétrica contribuiu para a Indústria do Cinema enquanto os irmãos Lumière faziam os primeiros experimentos do cinescópio. A visão comercial de Edison rendeu o apelido de Nickelodeon aos eventos em que passavam filmes em galpões de estoque das fábricas, ao preço de um nick (algo como 5 centavos) para uma verdadeira ode à invenção.

Aqui o filme "Frankeinstein" de 1910.



(atenção para os 3:04 onde Frankenstein nasce - referência direta: Lady Gaga em "Born this Way")

E como todo Coronel que se preze deve lutar pela justiça, vamos postar também um video dos irmãos Lumière chamado "A Dança da Serpentina". Os 30 quadros por segundo foram pintados manualmente.


Inspirador.

Até a próxima!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Equipe:

- Coordenador da Agência: Ênio Vermelho Junior
- Roteiristas: Mario Luiz e Luiza Garcia
- Marketeira: Bruna Gomes de Oliveira
- Diretoras de Produção: Jordana Machado e Karuza Sautchuk
- Editora de Video: Idionara Bortolossi
- Diretores de Arte: Jordana Machado e Saulo Schmaedecke
- Sonoplastia: Mario Luiz e Ênio Vermelho Junior
- Making of: Bruna Gomes de Oliveira