domingo, 27 de novembro de 2011

Por dentro de Corpo Vazio

Nesta terça-feira, 22 de novembro, estreiou o curta metragem Corpo Vazio, produzido pela agência Coronel Claquete Produções. Na tela, ganha vida a história de Carlos Sabrosa(Eduardo Amaral), que no papel de um homem comum,  que encontra-se solitário, buscando os prazeres da vida em locais onde somente encontra a marginalidade e a violência.
Produzido pela Coronel Claquete produções, a vida noturna ganha um novo olhar, e o submundo que a sociedade prefere ignorar torna-se o cenário dos acontecimentos, revelando como o ser humano tem a capacidade de degradar a si próprio. As ruas do Largo da ordem, a Praça Eufrásio Correia e os arredores do Terminal do Guadalupe acolheram nossa equipe, porém nem sempre de braços abertos.
Desta produção, nós da Coronel Claquete levamos muita experiência e carinho pelo filho do trabalho que agora ganha as telas. A experiência, esta sim valeu a pena. Aprender sobre os hábitos noturnos da cidade, descobrir que em locais da cidade, conhecidos por pontos de garotas de programa, assim como muito bem representou nossa Dama da Noite (Thyane Antunes), não gostam de ser encomodadas, ainda mais durante a madrugada. Nossa sorte, foi que os policiais que estas convocaram para conversarem com nós possuem o cinema no fundo de seus corações e permitiram que as gravações prosseguissem madrugada a adentro.
Eduardo Amaral trouxe do teatro sua experiencia
             do teatro para fazer uma atuação impecável
As madrugadas de sábado a noite, tornaram-se aconchegantes à equipe, que desatava a sair pelas ruas da cidade buscando as melhores imagens para poder entregar um resultado satisfatório ao maior interessado, que é você leitor.

Para trazer qualidade e aproximar da realidade, buscamos adequar os locais e as preparações para que tudo saísse como o planejado. Mas nem sempre o que se planeja se faz, então aproveitando que nossos atores são originalmente da arte do teatro, o improviso apimentou o curta.
Para a cena que marca o ponto alto do curta, o atropelamento de Carlos Sabrosa, além da extraordinária participação de nosso segurança, Neri, que apesar de nunca ter atuado, se mostrou um ótimo ator e amigo, era necessário, sangue,  e como o real não poderia ser usado, o artificial quebraria o galho. Quebraria se fosse comprado a tempo. Sem tempo nem locais abertos em um sábado a noite, o jeito foi improvisar com o que tínhamos mesmo. A receitinha caseira de sangue, sugeria xarope de glicose , corante e chocolate, o que após cerca de 10 tentativas percebermos que nosso corante não estava à altura de fazer tomate ficar vermelho. O que fazer em um sábado à meia noite, supermercados e lojas fechadas, nosso protagonista, que além de atuar de maneira espetacular, nos deu uma super “mão na câmera”, trazer uma bebida um pouco exótica nos tempos de coca-cola, o velho xarope de framboesa de fazer suco. Com mais um pouco de xarope de glicose e chocolate em pó, voilá, estava criado o sangue do corpo vazio.
Neri, que apesar de ter atuado pela primeira vez
 mostrou-se um ótimo ator
Madrugadas foram gastas com as gravações e outros dias com edição, porém apresentamos com orgulho o resultado de nosso trabalho, que pode ser visto logo abaixo, não deixem de dar sua opinião.

Texto: Gilmar Roscziniak

Obs: Postagem do dia 24 revisada a fim de corrigir o vídeo anterior, o qual apresentava atrasa na sincronização de áudio, favor desconsiderar os links antigos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Coronel Claquete lança a missão "Corpo Vazio"

----------------------------------------------------------------------------aos leitores da Coronel Claquete

Sim! Já era tempo de mandarmos notícias! Estávamos sobrevivendo a tempestades no meio do volume de água que cai aos redores do Quartel General da Coronel. Perdemos três preciosas soldadas numa perigosa armadilha maestrada por Gus Van Sant e os últimos dias de Kurt Cobain, numa bela simulação executada pelo artista Marc Olaf. Nessa nova estratégia pretendemos evidenciar o sujeito Carlos Sabrosa em torno de seu "Corpo Vazio", que tenta encontrar o prazer num ciclo decadente que se tornou sua passagem pelo mundo. Trevas, goles, boa música e jornais correm vivos pelo sangue de Sabrosa e agora que conseguimos comunicação com o meio artístico, vamos falar do que interessa.

Eduardo é um bom sujeito:

Vai protagonizar as caminhadas pelas ruas e pelo tempo de Carlos Sabrosa.

Thyane vai interpretar a Prostituta, que deve dar uma lição nesse sujeito que merece até uma porrada (desculpa Carlos/Eduardo!)

Nessas alturas e velocidades da tripulação, desejamos um bom fim de semana de trabalho a todas as equipes Cineacadêmicas que tentam garantir o equilíbrio em meio a tantas ondas!


Hasta luego e reflita!

- um bom roteiro precisa de bons atores que sejam bem dirigidos a uma camera bem posicionada e diretamente conectada com a intenção da luz presente, num quadro em movimento que tem suas pinceladas executadas no cena a cena (e a figura do produtor deve ter seus créditos reconhecidos por todas as operadoras de telefonia brasileira e ainda um sanduba especial ao fim do trabalho)


----------------------------------------------------------------------------- Produtor Claquete, 23/09/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Diário de Bordo: Edição

     Depois de concluída a pré-produção e a produção, chegou a hora da pós-produção, isto é, edição e finalização!

     Esta parte é trabalhosa por causa de detalhes, áudio no volume ideal, cor, trilha, criação, créditos, legenda tudo deve aparecer a seu tempo e combinar com o restante, uma coisa deixada de lado e todo o trabalho da pré e da produção pode ser perdido.

     Editar o remake não foi difícil, não havia nenhum grande desafio, já que a cena era uma sequência sem cortes, mas o áudio era ruim e deu um pouco de trabalho. Para que não ficasse mal finalizado, uma trilha foi essencial, assim como o uso do áudio do próprio filme e, por isso, as legendas também eram necessárias. 

     Os créditos entraram na parte da criação (sabe quando você não tem mais nada para fazer e começa a inventar, pois é!). Essa seja, talvez, a mais divertida, porém, a mais trabalhosa. Exige tempo e criatividade. Entretanto, dá um toque todo especial em qualquer trabalho.
     
    E, claro, trabalho finalizado é hora de revisar quantas vezes forem necessárias. E, depois das 5 mil revisadas, nosso remake está aí:

(pegue a pipoca e divirta-se =D)


sábado, 18 de junho de 2011

Diário de Bordo: Como é produzir - CLAQUETTE'S ATTACK

_foram os últimos minutos a dormir ansiosamente até acordar na hora e reunir tudo em tão pouco e improvisado tempo. Uma não dormia direito porque decupava cada fala dos minutos lentos do remake! do filme "Last Days", do Gus van Sant. Outra ansiosa devido ao remanejamento de última hora de um dos carros da casa! Todos sofrem sem carona, "os ombros que suportam o mundo" carregam também o engarrafamento das ruas e tudo atrasa. Tudo desespera. Corre, a perninha do óculos comprado há pouco com desconto de um real do amigo camelô, começa a apresentar sinais de defeito na fabricação ou colocação do parafuso. Pânico e isqueiro, como seria bom se toda a equipe estivesse junta. O que conforta é que haverão outros trabalhos e outras trincheiras vindas diretamente do inferno, então, foda-se! É hora de gravar.




_o ator gentilmente colocado pelo Universo na hora, bar e esquina errada, Marc Olaf, além de provocar um acidente envolvendo três carros - sendo o primeiro o causador e único fugitivo de um evento que deixou dois pára choques feridos -, contribuiu para o trabalho da Coronel. Num amadorismo lindo tentamos diversas vezes executar o que parecia impossível aos navegantes. No espaço do Conservatório Musical a coisa tomou forma lá pelo oitavo "gravando" - e essa semana é que vamos ver o resultado! Desde já um muito obrigado ao Marc e prometemos aquela cervejjinha depois do trabalho cumprido, ok? :)


_enquanto isso a Coronel Claquete vai sortear o lindo óculos usado na caracterización do personagem!!! Ainda não temos o critério de avaliação, mas a verdade é que você deve comentar nesse post ou retwittar alguma frase tipo "quero ser metralhado na rua com o óculos da @CoronelClaquete!"





_lindo né? E o detalhe ali na perninha direita, Nossa Senhora da Fita Crepe abençoa.

_bom início, fim ou meio de semana aos militantes!


Karuza Sautchuk

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Remake do Filme Last Days – Gus Van Sant



Olá amigos !!!

O diário de bordo da produção do remake de Last Days... Por onde começar. Bem a escolha foi complicada, pois a intenção era que cena tivesse apelo na interpretação e na composição do cenário. Como estilo do diretor não apresenta cenas longas com estas características citadas a escolha foi difícil.

A primeira cena foi uma a qual o personagem tocava bateria e câmera ia se afastando devagar. Contudo a cena era filmada do lado de fora da casa, sendo que o cenário era uma casa com revestimento de pedras. Achar um local com estas características, alguém que decore a notação musical e que seja loiro. Descartada.

A próxima cena escolhida foi uma a qual o personagem estava vestido de camisola, havia diálogos, a composição do cenário era boa (fácil). O personagem escovava os cabelos em frente há um espelho, com uma blusa sobre a penteadeira, um metrônomo, outros adereços de beleza. Refletidos no espelho um violão, poltrona e abajour. O personagem escovava os cabelos, toca o telefone, levanta – se atende, há uma pessoa falando o tempo todo com ele sem o personagem dizer uma única palavra de frente para a câmera. Sim é está!!! Não, amigos não foi ela a escolhida, mas quase.

A terceira cena sem muito alarde chegou de mansinho e foi à escolhida. O personagem está de costas. Ela é gravada sem cortes como um plano sequência, poderia até dizer. A câmera faz um movimento no personagem parado de 360° com o fundo do cenário desfocado. Apenas visualizam – se uma pá e pessoas ao fundo gritando. O personagem está numa fase terminal já desgastado e confuso. Toda a cena reforça isso, pelo local que é simples e pelo próprio dinamismo da filmagem.


A Escrita

A cena já existe então a parte da escrita foi simples. O que era necessário fazer definir os planos de câmera, composição do cenário, composição do personagem (roupa, falas, trejeitos), sonoplastia, controle do tempo, enfim, uma decupagem. Colocamos tudo o que seria necessário no papel, tempo a tempo e desenhamos algumas partes das cenas que seriam importantes na gravação. Agora é gravar né gente.

Mario Costa
Roteirista Coronel Claqueteiros