Nesta terça-feira, 22 de novembro, estreiou o curta metragem Corpo Vazio, produzido pela agência Coronel Claquete Produções. Na tela, ganha vida a história de Carlos Sabrosa(Eduardo Amaral), que no papel de um homem comum, que encontra-se solitário, buscando os prazeres da vida em locais onde somente encontra a marginalidade e a violência.
Produzido pela Coronel Claquete produções, a vida noturna ganha um novo olhar, e o submundo que a sociedade prefere ignorar torna-se o cenário dos acontecimentos, revelando como o ser humano tem a capacidade de degradar a si próprio. As ruas do Largo da ordem, a Praça Eufrásio Correia e os arredores do Terminal do Guadalupe acolheram nossa equipe, porém nem sempre de braços abertos.
Desta produção, nós da Coronel Claquete levamos muita experiência e carinho pelo filho do trabalho que agora ganha as telas. A experiência, esta sim valeu a pena. Aprender sobre os hábitos noturnos da cidade, descobrir que em locais da cidade, conhecidos por pontos de garotas de programa, assim como muito bem representou nossa Dama da Noite (Thyane Antunes), não gostam de ser encomodadas, ainda mais durante a madrugada. Nossa sorte, foi que os policiais que estas convocaram para conversarem com nós possuem o cinema no fundo de seus corações e permitiram que as gravações prosseguissem madrugada a adentro.
Eduardo Amaral trouxe do teatro sua experiencia do teatro para fazer uma atuação impecável |
As madrugadas de sábado a noite, tornaram-se aconchegantes à equipe, que desatava a sair pelas ruas da cidade buscando as melhores imagens para poder entregar um resultado satisfatório ao maior interessado, que é você leitor.
Para trazer qualidade e aproximar da realidade, buscamos adequar os locais e as preparações para que tudo saísse como o planejado. Mas nem sempre o que se planeja se faz, então aproveitando que nossos atores são originalmente da arte do teatro, o improviso apimentou o curta.
Para a cena que marca o ponto alto do curta, o atropelamento de Carlos Sabrosa, além da extraordinária participação de nosso segurança, Neri, que apesar de nunca ter atuado, se mostrou um ótimo ator e amigo, era necessário, sangue, e como o real não poderia ser usado, o artificial quebraria o galho. Quebraria se fosse comprado a tempo. Sem tempo nem locais abertos em um sábado a noite, o jeito foi improvisar com o que tínhamos mesmo. A receitinha caseira de sangue, sugeria xarope de glicose , corante e chocolate, o que após cerca de 10 tentativas percebermos que nosso corante não estava à altura de fazer tomate ficar vermelho. O que fazer em um sábado à meia noite, supermercados e lojas fechadas, nosso protagonista, que além de atuar de maneira espetacular, nos deu uma super “mão na câmera”, trazer uma bebida um pouco exótica nos tempos de coca-cola, o velho xarope de framboesa de fazer suco. Com mais um pouco de xarope de glicose e chocolate em pó, voilá, estava criado o sangue do corpo vazio.
Neri, que apesar de ter atuado pela primeira vez mostrou-se um ótimo ator |
Madrugadas foram gastas com as gravações e outros dias com edição, porém apresentamos com orgulho o resultado de nosso trabalho, que pode ser visto logo abaixo, não deixem de dar sua opinião.
Texto: Gilmar Roscziniak
Obs: Postagem do dia 24 revisada a fim de corrigir o vídeo anterior, o qual apresentava atrasa na sincronização de áudio, favor desconsiderar os links antigos.